A Igreja na Novilha Brava
Histórico da
Capela de Santo Antônio.
Cronologia.
13/03/63 – Primeira Missa na região da Novilha
Brava, na casa sede do retiro, celebrada por Frei Humberto Van Teyllingen da
Ordem do Carmo acolitado pelo sacristão Sinval Faria Sá. Residia na época
Irineu de Paiva e sua Família.
03/06/63 – Início do loteamento, na ocasião o
topógrafo Espedito Sebastião Ferreira designou o lote para a construção da
capela e escolheu o seu padroeiro; começaram a serem construídas as primeiras
casas. O mesmo escolheu a denominação “Vila Santo Antônio” e o popular Santo
Antônio para ser o padroeiro da nova Comunidade.
05/04/65 – Decidida a construção da capela,
iniciou-se o desmatamento do local ocupado por densa vegetação.
03/05/65 – O cruzeiro foi erguido nos fundos
da capela, onde seria sua frente, decidiu-se depois construí-la voltada para a
parte baixa.
27/05/65 – Fundação da Conferência de São
José; teve sua agregação à SSVP em 04/03/1974.
06/06/65 – Fundação do Centro do Apostolado da
Oração.
12/06/65 – Levantamento do mastro da primeira festa
de Santo Antônio com grande manifestação folclórica.
13/06/65 – Primeira festa de Santo Antônio com
missa celebrada por Frei Humberto em um barraco de palha de buriti construído
para servir de capela provisória. O referido barraco ao lado da futura capela.
01/05/66 – Início da construção da capela sob
a direção de João Evangelista Peres, paracatuense que aqui residia. Foi o
primeiro tesoureiro da capela.
12/11/66 – Primeira missa celebrada no recinto
da nova capela.
15/11/69 – Dom Raimundo Lui, bispo diocesano,
visita pela primeira vez. Nota-se que não foi propriamente uma vista pastoral,
mas estava cumprindo o calendário de missas nas comunidades, pois Frei Humberto
estava gravemente enfermo em São Paulo. Seria celebrada a missa à noite, mas o
bispo foi impedido de celebrá-la devido ao grande volume de cupins alados que
impediam qualquer atividade tão logo se acendesse a lamparina e vela. No dia
seguinte foi celebrada. Posteriormente Dom Raimundo ainda esteve na Comunidade
em fevereiro de 1974 e agosto de 1977.
30/11/69 – 1º Domingo do Advento – soa pela
primeira vez o sino, tendo sido encomendado pelo Frei Humberto à Indústria
Crespi de São Paulo. Os esteios de aroeira serviram de bancos no adro durante a
visita de Dom Raimundo. O sino de vinte e cinco quilos acidentalmente
trincou-se sendo substituído pelo atual de menor tamanho. O antigo continua
guardado aguardando a restauração.
Julho de 1974 – A comunidade começa a celebrar
o culto dominical. Ainda não havia os folhetos de celebração e era usado o
“Culto Dominical” livro das Paulinas. Salienta-se que com a celebração do culto
a comunidade tornou-se mais participativa. A missa era celebrada uma vez por
mês; na época da águas nem sempre era permitida a chegada do celebrante.
Julho de 1975 – Ampliação da capela;
anteriormente media apenas nove metros de comprimento.
Julho de 1975 – Implantação das Cebs. Em
setembro de 1976, realizou-se em Paracatu o grande Encontro Diocesano, tendo
reunido representes de toda a Diocese. Mesmo antes das Cebs já havia os círculos
bíblicos, reflexões semanais envolvendo principalmente os jovens.
Dezembro de 1976 – Começa a celebração do
Natal em Família. Desde o seu início criou-se a tradição da ceia no
encerramento, ocasião de partilha e confraternização.
07/11/83 – Chegada após procissão, das imagens
de Santo Antônio e São Vicente de Paulo, vinda da casa do senhor Izidro.
Lembra-se que posteriormente chegou a imagem prometida por Espedito Sebastião
Ferreira.
03/04/84 – Dom José Cardoso Sobrinho acolhendo
pedido da comunidade assina o requerimento encaminhado à Codevasf pedindo a
doação do lote ocupado pela capela. Após montagem do processo e devido
encaminhamento, foi feita a referida doação.
10/08/85 – Correspondência enviada por Geraldo
Mendes Paiva, responsável pela montagem e encaminhamento do processo, a Frei
Pedro Caxito comunicando a doação pela Codevasf e pedindo dados da Mitra
Diocesana para a devida escrituração. O terreno doado tem as seguintes medidas:
comprimento 43 m por 39 m de largura. Possui a documentação na forma legal.
13/06/87 – Visita pela primeira vez o Bispo
Dom Leonardo de Miranda Pereira; na ocasião administrou a crisma a numeroso
grupo de jovens.
Janeiro de 1997 – Frei Humberto celebra pela
última vez na sua Novilha Brava. Por mais de trinta anos deu assistência
religiosa à Vila tendo sido um dos que mais incentivou a formação da
Comunidade. Com a criação do município de Dom Bosco, o Bispo transforma em
paróquia o seu território, embora inicialmente de forma precária.
Posteriormente foi criada definitivamente a paróquia.
Março de 87. Padre Décio Magela de Abreu passa
a dar assistência religiosa à Paróquia, permaneceu até setembro do mesmo ano; o
diácono Luis Araújo e Dom Leonardo se revezaram até março de 1988 quando Padre
José Afonso Guimarães fica como administrador até a criação definitiva.
1999 – 2000 ECC- Encontro de Casais com Cristo
e também os Encontros de Jovens.
Algumas observações.
O primeiro movimento de Igreja surgiu Janeiro
de 1965. O Centro de Catecismo “Jesus, Maria, José” reunia os catequizandos,
sentados em troncos derrubados recentemente.
A Comunidade de Santo Antônio surgiu
justamente durante a realização do Concílio Vaticano II o que propiciou o
protagonismo dos leigos. A celebração da Palavra, Exéquias, Semana Santa sempre
foram celebradas sem a presença do sacerdote. Havia a celebração da Missa e
administração dos Sacramentos apenas uma vez por mês. As mudanças provocadas
pelo Concílio em nada abalaram á comunidade nascente, o contrário do que
aconteceu em outras cujos costumes pré-conciliares já estavam arraigados. Os
fiéis gradativamente vão tomando parte na missa que passou a ser celebrada não
mais em Latim, mas na própria língua. Nos primórdios o Padre chegava às
comunidades no lombo do cavalo.
“Ó meu
Santo Antônio Padroeiro forte
Seja
o nosso amparo na vida e na morte,
Na
vida e na morte, ó que morte glória,
Lá
no céu com Deus, com os anjos e Nossa Senhora.”
Versos cantados desde o início das celebrações na Vila; creio que
foram trazidos da região de Januária por moradores de lá procedentes.
Geraldo Mendes Paiva
Vila Santo Antônio, maio/2017
·
A capela de Santo Antônio poderia ter
outro orago. Antes mesmo de se pensar em construir a capela na futura vila,
minha tia Lucinda havia manifestado o desejo de que promovêssemos a construção
de uma capela dedicada a São Pio X. Morava em Copacabana, Rio, esposa de um
general do Exército; fez peregrinações pela Itália no Ano Santo de 1950, tendo
sido recebida em audiência pública pelo Papa Pio XII. Posteriormente,
peregrinou pela Terra Santa e outros santuários importantes da Europa. A bordo
do transatlântico “Frederico C” confeccionou belíssima renda de um forro de
linho doado para o altar da capela.
·
A primeira imagem de Santo Antônio
media uns trinta centímetros aproximadamente. Foi doada por Helvécio Mendes
Paiva e era colocada no rústico altar durante as celebrações. As rezadeiras
guardavam a imagem num balaio junto aos enfeites de papel de seda. Atualmente
está no altar a imagem doada por Espedito Sebastião Ferreira e José Curvelano.
·
A capela de Santo Alberto do Riachinho
do Gado Bravo foi a primeira a ser erguida em toda a Colônia. O padroeiro Santo
Alberto de Sicília, carmelita, foi escolhido por ser de uma região da Sicília,
Itália, onde a febre malária, como nesta, era endêmica. Frei Dionísio
incentivou a comunidade a fundar a Conferência de Nossa Senhora do Carmo, a
construção da capela, a celebração da dominga de mês. Rezava-se na dominga,
além do terço um culto que, embora fosse uma fórmula fixa, unia os fiéis a
outras celebrações de missas que ocorriam naquele momento. Grande parte da
população da Colônia se reunia para missas, batizados, casamentos na capela do
Riachinho.
·
A partir de 1963, Frei Humberto
começou a celebrar a missa nas escolas. Pode-se dizer que foi o embrião de
novas comunidades. Córrego da Ponte, Novilha Brava, Peri-Peri, Buriti do Barro,
Córrego Seco, Sapato e outros pousos que recebiam a visita do padre durante o
período das secas.
Geraldo Mendes Paiva
A Vila Santo
Antônio teve o seu início em Junho de 1963. As terras desta região faziam parte
da extensa Colônia Agropecuária do Paracatu, subordinada à CVSF (Comissão do
Vale do São Francisco). Onde surgiu a Vila era uma reserva remanescente dos
lotes do entorno, terras férteis tendo despertado a cobiça de aventureiros. O
topógrafo Espedito Sebastião Ferreira, funcionário pioneiro da Colônia, foi
designado pela administração para proceder o loteamento da área mais alta da
reserva, o que possibilitaria os trabalhadores construírem seus barracos. A
glebas ribeirinhas estavam sujeitas à inundações. Espedito teve uma visão otimista:
denominou a futura povoação pelo pomposo nome de "Vila Santo
Antônio"; escolheu ainda o seu padroeiro: Santo Antônio. Pediu que se
construísse a capela, prometendo na ocasião a doação da imagem do padroeiro.
Podemos
verificar a seguir a cronologia dos fatos relacionados a nossa capela.
13/03/63 –
Primeira Missa na região da Novilha Brava, na casa sede do retiro, celebrada
por Frei Humberto Van Teyllingen da Ordem do Carmo acolitado pelo sacristão
Sinval Faria Sá. Residia na época Irineu de Paiva e sua Família.
03/06/63 – Início do loteamento, na ocasião o topógrafo Espedito
Sebastião Ferreira designou o lote para a construção da capela e escolheu o seu
padroeiro; começaram a serem construídas as primeiras casas. O mesmo escolheu a
denominação “Vila Santo Antônio” e o popular Santo Antônio para ser o padroeiro
da nova Comunidade.
05/04/65 – Decidida a construção da capela, iniciou-se o
desmatamento do local ocupado por densa vegetação.
03/05/65 – O cruzeiro foi erguido nos fundos da capela, onde seria
sua frente, decidiu-se depois construí-la voltada para a parte baixa. Teve
início a campanha para a construção da capela. Havia grande pobreza, mas
prevaleceu a boa vontade de todos.
12/06/65 – Levantamento do mastro da primeira festa de Santo
Antônio com grande manifestação folclórica.
13/06/65 – Primeira festa de Santo Antônio com missa celebrada por
Frei Humberto em um barraco de palha de buriti construído para servir de capela
provisória. O referido barraco foi construído a lado da futura capela.
01/05/66 – Início da construção da capela sob a direção de João
Evangelista Peres, paracatuense que aqui residia. Foi o primeiro tesoureiro da
capela.
12/11/66 – Primeira missa celebrada no recinto da nova capela
ainda inacabada.
15/11/69 – Dom Raimundo Lui, bispo
diocesano, visita pela primeira vez. Nota-se que não foi propriamente uma vista
pastoral, mas estava cumprindo o calendário de missas nas comunidades, pois
Frei Humberto estava gravemente enfermo em São Paulo. Seria celebrada a missa à
noite, mas o bispo foi impedido de celebrá-la devido ao grande volume de cupins
alados que impediam qualquer atividade tão logo se acendesse a lamparina e
vela. No dia seguinte foi celebrada. Posteriormente Dom Raimundo ainda esteve
na Comunidade em fevereiro de 1974 e agosto de 1977.
30/11/69 – 1º Domingo do Advento – soa pela primeira vez o sino,
tendo sido encomendado pelo Frei Humberto à Indústria Crespi de São Paulo. Os
esteios de aroeira serviram de bancos no adro durante a visita de Dom Raimundo.
O sino de vinte e cinco quilos acidentalmente trincou-se sendo substituído pelo
atual de menor tamanho. O antigo continua guardado aguardando a restauração.
Julho de 1974 – A comunidade começa a celebrar o culto dominical.
Ainda não havia os folhetos de celebração e era usado o “Culto Dominical” livro
das Paulinas. Salienta-se que com a celebração do culto a comunidade tornou-se
mais participativa. A missa era celebrada uma vez por mês; na época da águas nem
sempre era permitida a chegada do celebrante.
Julho de 1975 – Ampliação da capela; anteriormente media apenas
nove metros de comprimento.
Julho de 1975 – Implantação das Cebs. Em setembro de 1976,
realizou-se em Paracatu o grande Encontro Diocesano, tendo reunido representes
de toda a Diocese. Mesmo antes das Cebs já havia os círculos bíblicos,
reflexões semanais envolvendo principalmente os jovens.
Dezembro de 1976 – Começa a celebração do Natal em Família. Desde
o seu início criou-se a tradição da ceia no encerramento, ocasião de partilha e
confraternização.
07/11/83 – Chegada após procissão, das imagens de Santo Antônio e
São Vicente de Paulo, vinda da casa do senhor Izidro. Lembra-se que
posteriormente chegou a imagem prometida por Espedito Sebastião Ferreira. A
primeira imagem de Santo Antônio media uns trinta centímetros aproximadamente.
Foi doada por Helvécio Mendes Paiva e era colocada no rústico altar durante as
celebrações. As rezadeiras guardavam a imagem num balaio junto aos enfeites de
papel de seda. Atualmente está no altar a imagem doada por Espedito Sebastião
Ferreira e José Curvelano.
10/08/85 – Correspondência enviada por Geraldo Mendes Paiva,
responsável pela montagem e encaminhamento do processo, a Frei Pedro Caxito
comunicando a doação pela Codevasf e pedindo dados da Mitra Diocesana para a
devida escrituração. O terreno doado tem as seguinte dimensão: comprimento 43 m
por 39 m de largura. Possui a documentação na forma legal. (A escritura de
doação foi lavrada no Cartório da Vila Dom Bosco em 1985).
13/06/87 – Visita pela primeira vez o Bispo Dom Leonardo de
Miranda Pereira; na ocasião administrou a crisma a numeroso grupo de jovens.
Janeiro de 1997 – Frei Humberto celebra pela última vez na sua
Novilha Brava. Por mais de trinta anos deu assistência religiosa à Vila tendo
sido um dos que mais incentivou a formação da Comunidade. Com a criação do
município de Dom Bosco, o Bispo transforma em paróquia o seu território, embora
inicialmente de forma precária. Posteriormente foi criada definitivamente a
paróquia.
Junho de 1999 - A capela sofreu modificações na parte do fundo,
sendo construída a sacristia e a capela do Santíssimo Sacramento.
Periodicamente foi dada pintura, melhoria no piso e forro.
Maio de 2017 - Com a finalidade de aumentar o espaço interno, o
pároco Padre Ronne Won Ribeiro da Silva decidiu após entendimento, remover o altar
primitivo, a sacristia e a capela do Santíssimo.
25/06/2019 - Padre Ronne Won discute com a Comunidade a
possibilidade de modificações quanto ao posicionamento da capela. Na
oportunidade sugeriu que fosse feita mudança com relação à frente da mesma.
Justificou que o terreno próprio da igreja já está no seu limite, não
permitindo ampliação à frente. Propôs construção do muro no fundo e as devidas
obras na porta principal. Alegou que, além de haver maior disponibilidade de
espaço para realização de eventos, ficaria voltada para a chegada. Numa votação
informal parte dos presentes aprovaram; outra parte, talvez por ter sido colhida
de surpresa, se abstiveram de votar.
Deverá ser realizada uma reunião do Conselho para o devido estudo e
discussão do projeto, e sua aprovação ou rejeição. Lembra-se que em 1965, no
projeto inicial, seria a capela voltada para a parte de cima, inclusive o
cruzeiro foi erguido atrás onde seria a frente.
Geraldo M Paiva Junho/2019