terça-feira, 23 de janeiro de 2018

COMEÇA A LUTA

COMEÇA A LUTA

Começa a luta.
Os primeiros trabalhos foram alguns consertos em cercas, limpeza ao redor da casa e as roçadas. Havia necessidade de desbravar terras para o plantio; sem conhecer direito os lugares mais próprios para plantar, desmatou-se muitos lugares de terra inferior deixando muitas vezes de plantar em locais mais adequados; isto não impediu que muitas partes produzissem com abundância. O ano foi bastante seco e as águas ficaram difíceis; trazia-se água do rio, cabeceira do córrego, foi preciso fazer cacimba para obter água que nem sempre era abundante e clara. Havia verdadeira carência de pessoas com o mínimo de instrução, poucos liam. A escola próxima fundada a menos de dois anos funcionava na cabeceira do Banguelo. A professora estava noiva e mudaria para longe e Irene foi chamada para assumir a escola. Seu salário embora baixo ajudou muito. No ano seguinte passou-se a funcionar num quarto da casa velha. Notícias dos parentes só por carta, o correio era na Sede, havia um quadro no almoxarifado onde colocavam as cartas. Certo dia no final de agosto chega uma carta de Luzia participando o falecimento de minha avó; minha mãe ficou muito abalada com a notícia. Em novembro foi o casamento de Luzia, nem meu pai pode ir, era tão difícil a viagem além da falta de recursos.
(GMP)

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