HISTÓRIA DA CÂMARA MUNICIPAL
O papel do Poder Legislativo é de suma importância para os munícipes. O trabalho legislativo nem sempre é percebido; na nossa história recente, o cidadão volta principalmente para o Executivo, confundindo os papéis, atribui muitas vezes tarefas que são meramente administrativas ao vereador, ignorando a sua tarefa maior, que é legislar, ás vezes até menosprezando o seu dignificante trabalho. Mas nem sempre foi assim: sabemos da importância das Câmaras como células representativas do poder maior e seu papel nas vilas nos tempos do Brasil Colônia.
Certa vez, o Papa Pio XII recebendo um grupo de parlamentares em audiência, ressaltou o papel do legislador, lembrando Cristo como o grande Legislador e mesmo concitando-os a imitá-lo.
Nosso município tem uma história recente, embora nossas raízes se estendem às conseqüências da decadência da mineração do ouro, o que provocou uma reviravolta na sociedade mineradora, forçando à busca de outras alternativas, no caso, a formação de fazendas de criação de gado de forma extensiva. Cabe aqui abrir um parênteses para ressaltar que um grande expoente de nossa literatura, Afonso Arinos usa justamente imagens dos campos no seu conto “Joaquim Mironga”, cujo cenário se encontra dentro de nossas fronteiras, a fazenda Tapera, às margens do rio Preto. Paradoxalmente, o que deveria constituir-se motivo de orgulho, passa despercebido aos olhos de muitos.
Voltando ao tema anteriormente abordado, cabe ressaltar a participação da Câmara Municipal na consolidação do município de Dom Bosco. Naquela tarde chuvosa de 1º de janeiro de 1997, os vereadores: Francisco Cardoso, Benedito Rodrigo Martins Ferreira, Germano Pereira de Freitas, Israel José de Macedo, José Adair Cândido da Fonseca, João Paulo da Silva, Luzia Tavares da Cunha, Deusmar Liboreido da Silva e Ronaldo Borges Pereira, posteriormente substituído pelo suplente Mario Basílio de Oliveira; os estreantes de mandato, se reúnem no Salão Paroquial e na presença de numeroso público, sob a presidência da vereadora Luzia Tavares da Cunha, declara instalada a primeira sessão legislativa o que também naquela oportunidade, representava a instalação solene de mais um município de nossa querida Minas Gerais. Coube ainda, a posse dos novos vereadores, a eleição da mesa diretora, presidida pelo vereador Francisco Cardoso Guedes, sendo eleitos os Vereadores: Presidente: Francisco Cardoso Guedes, Vice-Presidente: Germano Pereira de Freitas, 1º Secretário: Benedito Rodrigo Martins Ferreira, o compromisso de posse dos novos prefeito e vice-prefeito. Encerrada aquela sessão histórica, os presentes foram convidados a se deslocarem até o prédio onde se instalaria o Poder Executivo, onde se procedeu a benção solene das instalações; ato contínuo, os presentes se dirigiram até à sede do Legislativo, modesta casa localizada onde hoje se acha construído o novo prédio, oportunidade em que por Sua Excelência Reverendíssima Dom Leonardo de Miranda Pereira foi dada a benção litúrgica às instalações. Dada a exigüidade de espaço, a nova Câmara permaneceu por pouco tempo nesse local, deslocando a seguir para um prédio na Avenida Cândido Pereira Campos, 670; posteriormente instalou-se na mesma avenida no nº500
A mesa diretora, sentindo a importância de possuir uma sede própria, promoveu estudos no sentido de viabilizar a aquisição ou construção de um prédio adequado para abrigar o Legislativo. Nesse período, a Câmara elaborou e aprovou a Lei Orgânica o que deu forma própria ao novo município; trabalho da maior importância dada a sua magnitude. Durante o ano de 2000, a mesa diretora presidida pelo vereador Benedito Rodrigo Martins Ferreira, inicia a construção do novo prédio, por coincidência, no mesmo local onde se instalou pela primeira vez.
Dom Bosco, 24 de maio de 2004
Geraldo Mendes Paiva
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