terça-feira, 23 de janeiro de 2018

HISTÓRICO DA VILA SANTO ANTÔNIO

HISTÓRICO DA VILA SANTO ANTONIO


Santo Antônio da Novilha Brava

Histórico.
A história da Novilha Brava é bastante antiga; pode ser dividida em três períodos: o primeiro começou provavelmente na segunda metade do século dezenove, a segunda vai desde a venda das terras da região para a “Brazil Land of Company” até o início da colonização promovida pela Comissão do Vale do São Francisco, o último com o povoamento e fundação da Vila Santo Antônio.
Observando vestígios existentes pode-se constatar que a região já era habitada desde a criação dos retiros, quando da exaustão das minas de ouro de Paracatu. Na antiga sede da Novilha Brava existe vestígio que nos dão a certeza que já houve relativo movimento nestas paragens. Entre os vestígios existentes, está a antiga olaria com o grande amassador de barro, o aranhol, feito com peças de aroeira profundamente fincadas no solo e os fornos de terra compactada conforme uso muito antigo, telhas e ladrilhos de ótima qualidade, certidão da existência de dois açudes nos córregos próximos, regos de água, rebaixa de engenho com fornalhas, vestígio de covas de cana nas capoeiras próximas. Um pequeno cemitério com cruzeiro de aroeira, pontes, estacados, cercas, currais de aroeira. A casa sede nos molde das construções da época; algumas peças como portas e portais talvez foram trazidos de Paracatu. Nas proximidades da casa o pomar com mangueiras antigas incluindo um coqueiro muito alto demonstrando ser bastante velho. Foram encontradas moedas do primeiro Império o que também denota que as transações já usavam a moeda corrente na época.
Existia uma ligação entre Pirapora e Paracatu, ainda há vestígios da antiga estrada que passava na porta do Retiro vinda da Extrema; dirigia em direção do Cascalho, Suçuarana, Limoeiro e Porto dos Poções. Tomando a direção de Paracatu, após atravessar o Rio Preto e a ponte de madeira sobre o Entre Ribeiros.
Segundo afirmam os mais antigos, a fazenda pertencia aos descendentes de Dona Joaquina do Pompéu, foi vendida no início do século passado para a Brazil Land que passou a explorar a região com a criação de gado leiteiro e de corte.
Muitas lendas são contadas; o Capão do Sargento, situado a dois quilômetros da sede, segundo dizem é “assombrado”, pois lá foi sepultado um sargento, morto provavelmente após choque com aventureiros que infestavam a região. Cruzes perdidas no mato, ferragens de arreio são sinais de acidentes que aconteceram. Conversando com antigos vaqueiros percebe-se que muitos fatos interessantes aconteceram e estão se perdendo da memória; lamenta-se que com a chegada de forasteiros muitos fatos e tradições vão sendo esquecidos. O nome dos córregos traz alguma figura ou fato relacionado: Cascalho, Suçuarana, Limoeiro, João Banguelo, Pedro Gomes, Atoleiro; este último segundo relato de antigo morador é porque uma antiga proprietária que também possuía terras nas cabeceiras do Gado Bravo, todas as vezes que vinha visitar a fazenda o cavalo atolava no córrego devido o peso da cavaleira, pois era bastante gorda. Na passagem existia um açude antigo.

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